sábado, 16 de outubro de 2010

Cronobiologia explica como o corpo humano se ajusta ao horário de verão

O horário de verão começa à meia-noite de sábado para domingo (16-17/10) e os relógios deverão ser adiantados em uma hora. Se para algumas pessoas isso significa apenas mais uma hora de dia claro, para outras é sinônimo de sonolência e mau humor. Isso ocorre porque a mudança não ajusta somente os relógios que temos à nossa volta, mas altera também nosso relógio biológico. A pesquisadora do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Lúcia Rotenberg explica que o nosso corpo apresenta diversos ritmos biológicos, ou seja, fenômenos que se expressam de maneira periódica, indo desde a secreção de um hormônio até um comportamento, como o sono e a vigília. Estes ritmos são controlados por uma estrutura do sistema nervoso (o núcleo supraquiasmático) localizada no hipotálamo anterior, região do cérebro que atua como principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais. Esta estrutura é denominada “relógio biológico”, uma vez que é responsável pela temporização das funções biológicas.
A forma como cada indivíduo vivencia as alterações de horário depende da característica genética de cada um, pois as pessoas apresentam cronotipos diferentes
A forma como cada indivíduo vivencia as alterações de horário depende da característica genética de cada um, pois as pessoas apresentam cronotipos diferentes
Características herdadas geneticamente e informações cíclicas do ambiente interferem no nosso relógio biológico. Em condições normais, está adaptado ao ambiente externo. No entanto, quando o ambiente se modifica – como no horário de verão –, o organismo também precisa se ajustar. É o mesmo fenômeno que ocorre quando cruzamos fusos horários. “Os horários que regulam nossas vidas, como parte do ambiente social onde estamos inseridos, podem interferir em nosso relógio biológico”, sintetiza.
Se todos têm um relógio biológico e ritmos biológicos funcionando de forma semelhante (somos uma espécie diurna), por que a mudança para o horário de verão afeta algumas pessoas e outras não? A cronobiologia dá a resposta. “A forma como cada indivíduo vivencia as alterações de horário depende da característica genética de cada um, pois as pessoas apresentam cronotipos diferentes. Algumas pessoas são do tipo matutino, com maior predisposição genética para realizar suas tarefas bem cedo. Essas pessoas têm o relógio biológico adiantado e, por isso, tendem a dormir cedo e levantar cedo. Outras são vespertinas, ou seja, tendem a dormir tarde e acordam mais tarde”, a pesquisadora descreve. De acordo com a especialista, a tendência matutina ou vespertina também se expressa em outros ritmos biológicos, como o ciclo de temperatura corporal. “O pico de temperatura do corpo é atingido mais cedo pelos matutinos do que nos vespertinos”, destaca.
A pesquisadora explica que as pessoas matutinas costumam sofrer mais com a alteração do horário. Há indícios de que pessoas que tendem a dormir pouco (chamadas de pequenos dormidores) também apresentariam maior dificuldade em relação à implantação do horário de verão. “Enquanto o organismo não se ajusta completamente ao novo horário, as pessoas se sentem mais irritadas e mal-humoradas, com sensação de cansaço e sono durante o dia”, ressalta. “No entanto, esse desconforto fica restrito aos primeiros dias e a queixa costuma ir embora em até uma semana depois da implantação do novo horário”, completa, acrescentando que este é um tema ainda pouco investigado.

Motor da evolução

Agência FAPESP – O trabalho do cientista australiano John Mattick tem contribuído para derrubar paradigmas tradicionais da genética. Segundo o professor da Universidade de Queensland, em Brisbane, a programação genética dos organismos multicelulares foi essencialmente mal compreendida durante os últimos 50 anos.
O equívoco, conta, residia no pressuposto de que a maior parte da informação era codificada em proteínas por meio do RNA, cujo papel seria reduzido à transcrição desses dados.
As pesquisas coordenadas por Mattick, no entanto, ligaram o RNA não-codificador de proteínas à evolução de organismos complexos, à diversidade biológica e à cognição, contribuindo para o desenvolvimento do campo da epigenética – o estudo da parcela de 99% do genoma que não codifica proteínas.
O cientista, que já publicou mais de 180 artigos, esteve no Brasil durante o 56º Congresso Brasileiro de Genética, no Guarujá (SP), onde apresentou, no dia 17 de setembro, a conferência “O papel central do RNA regulatório na evolução e no desenvolvimento humano”.
Em entrevista concedida à Agência FAPESP, Mattick destacou que o RNA não-codificador de proteínas – até há pouco tempo conhecido como “DNA lixo” – tem um papel regulatório tão importante que pode ser comparado a um software que controla todo o sistema dos organismos complexos.
Agência FAPESP – O senhor afirma que passamos, nos últimos anos, por uma grande mudança de paradigma, que está transformando completamente a forma como entendemos a genética desde a descoberta da estrutura do DNA. O que mudou na genética?
John Mattick – O que realmente mudou tudo, na minha opinião, foram duas descobertas. A primeira é a surpreendente observação de que o número de genes não é muito diferente entre animais muito simples – um verme do solo, como o Caenorhabditis elegans, por exemplo – e humanos. Todos temos aproximadamente o mesmo número de genes convencionais codificadores de proteínas. E a maior parte desses genes é muito semelhante, tem funções parecidas e codifica o mesmo tipo de proteínas.
Agência FAPESP – Por que essa descoberta foi tão intrigante?
Mattick – Foi uma descoberta chocante, porque, antes dela, o dogma central da biologia molecular dizia que os genes estavam no DNA, eram expressos por algum tempo no código temporário do RNA e, então, eram traduzidos em proteínas, que executavam as tarefas no sistema. Assim, esperava-se que os humanos tivessem muito mais genes e muito mais proteínas do que um verme, por exemplo. Mas isso não ocorre. Temos uma variação maior de proteínas, mas, essencialmente, o mesmo número e o mesmo tipo de genes que esses animais muito simples. No entanto, há uma enorme diferença de complexidade entre um verme – que tem menos de 1 milímetro de comprimento e alguns milhares de células – e um humano, com mais de 100 trilhões de células. Trata-se de um plano celular muito mais complexo, principalmente ao se levar em conta o funcionamento do cérebro. Mas temos o mesmo número de genes, o que indica fortemente que deve haver outro tipo de informação capaz de resultar na construção de algo tão mais complexo.
Agência FAPESP – E qual foi a segunda descoberta?
Mattick – Foi uma segunda surpresa, coerente com a primeira: a maior parte dos genes presentes no genoma humano não codifica proteína alguma. Parecia ser puro entulho genético – foi chamado de “DNA lixo”. Mas o que é necessário para fazer um organismo mais complexo, como o humano, está sendo transmitido pelo RNA, não pela proteína. Antes disso, todo mundo pensava que o RNA era só um intermediário temporário entre o gene e a proteína.
Agência FAPESP – Esse era o dogma central?
Mattick – Sim, o DNA é transcrito pelo RNA e copiado na proteína. Esse é o dogma e ele está certo: o DNA faz RNA e alguns RNAs fazem proteína. Esse é o fluxo de informação. O erro é que se pensava que a maior parte da informação do RNA fluía pela proteína. Mas parece que, nos humanos, apenas uma quantidade muito pequena das informações vai para a proteína. A maior parte vai ao RNA. E, agora, estamos conseguindo evidências de que esse RNA está envolvido em regulações muito mais sofisticadas do sistema. Então, para entender como os humanos são programados, temos que pensar não apenas em termos de proteínas, que são componentes mecânicos do sistema. Por trás, há uma arquitetura altamente sofisticada que permite decidir quais componentes devem ser expressos e as mais diversas funções.
Agência FAPESP – O senhor compara os sistemas regulatórios do RNA a um sistema computacional avançado.
Mattick – Sim. Podemos fazer uma analogia com um sistema sofisticado que é o Boeing 777. Seus componentes mecânicos já eram conhecidos há 50 anos: motores, jatos, aerofólios, bombas hidráulicas e assim por diante. Mas há um mundo de diferenças entre um avião feito em 2010 e outro de 1960, quando os computadores ainda não eram populares e não se usavam fibras ópticas. Os objetos mais sofisticados na nossa sociedade se tornam cada vez mais ricos em informação. E essa informação que está codificada em computadores é transmitida por fibras e fios, que não são precisamente componentes mecânicos, mas sim aparatos de transmissão. Portanto, ir de um objeto simples para outro mais complexo não é apenas uma questão de fazer novos componentes, mas de expandir os sistemas de controle e a arquitetura, no caso dos aviões, para que os componentes funcionem de modos cada vez mais sofisticados.
Agência FAPESP – Estamos começando a vislumbrar que há algo a mais do que os componentes que são observados?
Mattick – Sim. Se você mostrasse uma aeronave moderna a um engenheiro aeronáutico de 1960, ele seria capaz de entender como ela voa, mas não poderia entender como funciona. Ele precisaria ver sobre o solo, separado do avião, as centenas de quilômetros de fibras ópticas que ele usa, para ter uma ideia. Porque, em 1960, a transmissão digital de informação em alta velocidade não era uma realidade. Então, é como se a biologia ou a evolução tivessem descoberto o caminho dos sistemas digitais de controle de comunicação 1 bilhão de anos antes do esperado. Estamos só começando a perceber isso.
Agência FAPESP – O senhor mencionou em sua palestra no Congresso Brasileiro de Genética que o papel de regulação do RNA é particularmente importante no cérebro. Por quê?
Mattick – As enzimas que fazem a edição de RNA – processo que modifica a sequência de nucleotídeos do RNA mensageiro em relação à sequência de DNA que o codifica – expandiram-se muito durante a evolução dos vertebrados, em especial dos mamíferos e primatas. A edição de RNA ocorre em praticamente todos os tecidos, mas é particularmente ativa no cérebro – e é aproximadamente 30 vezes mais intensa no cérebro humano do que no do rato. Talvez a edição de RNA seja a conexão entre o genoma e o ambiente e sua expansão foi criticamente importante para a evolução da plasticidade e dos mecanismos de aprendizagem e memória. A regulação do RNA parece ser central não apenas para o desenvolvimento, mas também para a capacidade de alterar plasticamente a informação genética codificada.
Agência FAPESP – Quando começaram as descobertas que possibilitaram essa quebra de paradigmas?
Mattick – Comecei a publicar sobre isso em 1994, mas foi há cerca de dez anos que essa informação realmente começou a circular. Em parte, devido à descoberta dos micro-RNAs regulatórios, mas principalmente graças ao Projeto Genoma Humano. Porque todo mundo esperava que o homem tivesse mais genes do que um verme. E não foi o caso. Então, começamos a descobrir que o RNA tinha muito mais importância do que se supunha. Essa revolução vem ocorrendo nos últimos dez anos, mas a maior parte das pessoas envolvidas com a biologia molecular ainda está considerando essa releitura. É algo ainda revolucionário, mas que está sendo cada vez mais aceito.
Agência FAPESP – Qual a consequência dessa mudança de rumo? O que muda na ciência?
Mattick – Acho que o que muda realmente é a ideia simplista de como a genética funciona. Ficamos muito mais sofisticados. É um pouco como ter mudado da física newtoniana para a física relativista – embora essa não seja uma analogia muito boa. Mas, de certo modo, é como se o mundo da programação genética ficasse muito mais sofisticado, complexo e diferente do que pensávamos. Ainda trabalhamos com moléculas, com DNA e com proteínas. Mas o RNA é o grande personagem hoje. Todo mundo pensava que ele era só um intermediário temporário entre o “disco rígido” e a proteína. Mas as pessoas vão começar a considerar que o RNA não é apenas um intermediário e entender que ele é o motor computacional da célula e do desenvolvimento. É também o motor computacional do cérebro. Assim, uma vez que entendermos esse princípio, poderemos começar a explorá-lo.
Agência FAPESP – Como estudar uma genética que assume tamanha complexidade?
Mattick – Algumas pessoas dizem que, com essas descobertas, a genética está ficando complicada demais. Acho que nunca vamos conseguir entender um sistema a menos que entendamos sua complexidade, pelo menos no plano conceitual. Assumindo a complexidade dos princípios, poderemos começar a fazer perguntas que vão mais adiante e trabalhar sobre o que está de fato ocorrendo. Então, é realmente mais complicado, mas o primeiro passo é entender que de fato é mais complicado. E o segundo passo é buscar um meio para explorar esse novo espaço.
Agência FAPESP – Isso tudo muda a maneira de fazer perguntas científicas?
Mattick – Não mudam as questões, mas muda a maneira como vamos procurar por respostas. As grandes questões continuam sendo como o desenvolvimento funciona e como o cérebro funciona. As perguntas ainda são as mesmas. Mas acho que agora temos uma plataforma muito mais bem formada para começar a responder essas perguntas. Há todo um mundo cuja existência nem suspeitávamos. Estamos só começando. Levaremos um longo tempo para sair desse ponto, mas o primeiro passo conceitual é muito importante e ele está sendo dado neste exato momento.

Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/12804/entrevistas/motor-da-evolucao.htm

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sonolência excessiva durante o dia é distúrbio que afeta 5% da população

Cochilar ao volante, perder o fio da meada durante uma conversa e repetir atos automáticos, sem consciência do que se está fazendo, podem ser sintomas de um distúrbio cada vez mais presente nos consultórios de neurologistas: a síndrome do sono insuficiente de origem comportamental, que atinge 5% da população.
O quadro, cujo principal sintoma é a sonolência excessiva durante o dia, tem a ver com o ritmo da vida moderna, aponta o neurologista Flávio Alóe, coordenador do Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP). E, mais do que uma situação normal, é um problema que pode e deve ser tratado.
Além de causar a perda da produtividade, a sonolência excessiva também coloca em risco a vida daqueles que dirigem, cuidam de crianças ou operam máquinas. O quadro foi um dos principais temas debatidos durante o 24.º Congresso Brasileiro de Neurologia, que aconteceu no Rio, no mês passado.
'As pessoas têm tempo para o segundo emprego, para se dedicar à internet e às redes sociais. Só não têm tempo para dormir. Então, ficam sonolentas, produzem menos, se expõem ao risco ao dirigir, porque não pagam seu débito de sono', afirma Alóe.
A sonolência excessiva funciona como uma febre, que avisa que algo vai mal no organismo. É preciso que o paciente passe por exames médicos, para excluir doenças que influem na qualidade do sono, como Parkinson, epilepsia, apneia (obstrução das vias respiratórias durante o sono) ou narcolepsia (estado de sonolência contínuo com crises incontroláveis). Em todo o mundo, entre 32% e 40% das pessoas relatam, em um ano, terem enfrentado dificuldade para dormir durante algum período.
'É possível enfrentar o problema melhorando a qualidade de vida. Tomando cuidados com a alimentação e praticando exercícios', afirma o neurologista suíço Claudio Bassetti, presidente da Sociedade Europeia do Sono. 'O indivíduo tem de dormir o tempo que for preciso para se manter desperto e atento no dia seguinte. Na maioria dos casos, esse tempo varia de 7 a 10 horas por noite', explica.
Consequências. Bassetti ressalta que o sono insuficiente provoca problemas de memória, dificuldades de concentração e alterações de humor. Nas mulheres, é comum ocorrer depressão. Os homens se tornam mais agressivos e eufóricos.
Alóe ressalta que o estado de uma pessoa que passou a noite sem dormir é comparável à embriaguez. Segundo ele, já há leis que punem as pessoas que expõem outras a risco por privação do sono. É o caso do Estado de Nova Jersey, que pune com até 10 anos de prisão o motorista que provoca o acidente depois de estar insone.
A lei, conhecida como Maggie's Law, foi aprovada após a morte da estudante Maggie McDonnell, de 20 anos, atropelada por um homem que havia trabalhado 30 horas consecutivas.
No caso de Solange Lima Vianna, de 80 anos, a falta de sono prejudicou durante muitos anos todo seu cotidiano - ela não dormia nem durante o dia, nem à noite. Por mais de dez anos, só adormecia depois de ingerir calmantes. Até que, orientada pela cardiologista, mudou a alimentação e cortou o café.
'Eu dormia com o remédio, mas acordava mal, passava o dia indisposta. Depois da cardiologista, mudei minha alimentação e pequenas mudanças devolveram meu sono', conta.
Por Clarissa Thomé / RIO, estadao.com.br


O que incomoda seu sono? saiba o que fazer

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vitamina D influencia mais de 200 genes

Agência FAPESP – Um novo estudo acaba de ampliar – de maneira contundente – as evidências de que a deficiência de vitamina D poderia aumentar os riscos de desenvolvimento de muitas doenças.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados nesta segunda-feira (23/8) na revista Genome Research, relacionou pontos nos quais a vitamina D interage com o DNA e identificou mais de 200 genes que são influenciados diretamente pela vitamina.
De acordo com o estudo, estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo tenham carência de vitamina D, devido a fatores como insuficiência de exposição ao sol ou uma dieta pobre em nutrientes.
Além de ser conhecida como fator de risco para o desenvolvimento de raquitismo, há evidências de que a falta de vitamina D também estaria relacionada ao aumento da suscetibilidade a condições como esclerose múltipla, artrite reumatoide e diabetes, bem como demência e alguns tipos de câncer.
No novo estudo, feito no Reino Unido, os cientistas utilizaram tecnologia de sequenciamento genético para criar um mapa das ligações dos receptores de vitamina D pelo genoma. Esse receptor é uma proteína ativada pela própria vitamina, que, por sua vez, liga-se ao DNA e influencia quais proteínas são feitas a partir do código genético.
Os pesquisadores identificaram 2.776 pontos de ligação para o receptor por toda a extensão do genoma humano e verificaram que esses locais estão concentrados anormalmente próximos a genes associados a suscetibilidade a problemas no sistema imunológico.
O trabalho também mostrou que a vitamina D tem um efeito importante na atividade de 229 genes, entre os quais o IRF8, que já foi associado com esclerose múltipla, e o PTPN2, ligado a diabetes do tipo 1 e com a doença de Crohn, que atinge o intestino.
“O estudo mostra dramaticamente a ampla influência que a vitamina D tem sobre nossa saúde”, disse Andreas Heger, da Universidade de Oxford, um dos autores da pesquisa.
O artigo A ChIP-seq defined genome-wide map of vitamin D receptor binding: associations with disease and evolution (doi/10.1073/pnas.1000948107), de Sreeram Ramagopalan e outros, pode ser ligo por assinantes da Genome Research em genome.cshlp.org

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


O Worm In Your Brain (o verme em seu cérebro)


mushroom and brainUma das coisas mais fascinantes sobre a história da vida é a maneira espécies distantemente relacionadas pode parecidos. Em alguns casos, as semelhanças são superficiais, e em outros casos, eles são sinais de um ancestral comum. E, às vezes, como no caso do nosso cérebro e os cérebros de vermes, é um pouco de ambos.
A principal característica do nosso cérebro é uma pilha enorme de neurônios densamente tecido chamada de córtex cerebral. Uma vez que o nosso cérebro absorve informações sensoriais, é o córtex que integra, faz todo o sentido da mesma, aprende com ele, e decide como responder. Se você comparar o nosso córtex aos de nossos parentes próximos, os macacos, são quase idênticos em sua estrutura, embora o nosso córtex é muito grande para a nossa dimensão corporal. Se você olhar para mais longe, você vai encontrar a mesma arquitetura básica do córtex em todos os vertebrados, apesar de diferentes partes são de tamanhos diferentes em diferentes espécies. Porque essas semelhanças são tão consistentes em muitas maneiras diferentes, e porque é possível rastrear as alterações para o córtex ao longo das linhas de descendência diferente, eles são fortes indícios de que o ancestral comum de todos os vertebrados tinham um córtex.
insect diagramVertebrados não são os únicos animais com sistema nervoso, no entanto. Insetos, crustáceos, vermes e outros invertebrados têm sistemas nervosos que são também organizadas em torno de um cabo central.Esses invertebrados geralmente têm um grande aglomerado de neurônios na parte frontal do cabo que funciona como o nosso cérebro faz: é onde a informação sensorial entra, e vários comandos sair. E, em alguns invertebrados, como insetos e aranhas, estes cérebros bem embalado grupos de neurônios que são essenciais para permitir que estes animais aprender associações entre cheiros e alimentos e outras lições importantes. Estes grupos são conhecidos como corpos de cogumelo.
As semelhanças entre os organismos de cogumelos e nosso córtex não são esmagadores, mas são tentadores. O córtex cerebral e os organismos de cogumelos desempenham papéis semelhantes, e suas disposições são semelhantes. organismos Mushroom são parceladas até mesmo em regiões distintas, assim como temos para lidar com regiões visão, olfato, e outras tarefas.
Por outro lado, os organismos de cogumelos estão faltando muitos dos marcos do córtex vertebrados. As regiões cerebrais que se conectam para não ter contrapartidas em nosso cérebro.E enquanto todos os vertebrados têm um córtex, um monte de invertebrados não têm sabido corpos de cogumelo.
Tradicionalmente, os cientistas concluíram que os corpos de cogumelo e do córtex são um exemplo de convergência. asas de pássaros e morcegos ambos têm, por exemplo, mas seu ancestral comum não. Em vez disso, as duas linhagens diferentes alas evoluíram muito depois.Depois de muitos dos principais ramos de animais se separaram entre 600 e 550 milhões de anos atrás, a linhagem dos vertebrados desenvolveu um cérebro com um córtex, e alguns invertebrados evoluiu corpos de cogumelo.
Ao longo dos últimos trinta anos, os cientistas acrescentaram uma nova linha de evidência para a busca da origem do cérebro e outras características. Eles podem agora identificar os genes que constroem os traços. Como um embrião se desenvolve, determinados genes chave no cérebro para começar a construir o córtex. Os mesmos genes construir nosso próprio cérebro também, que não é surpreendente, uma vez todas as outras evidências que o ancestral comum dos ratos e os seres humanos tinham um córtex.
Mas os cientistas tiveram algumas surpresas maravilhosas quando eles compararam genes de espécies afins, mais distante. Jellyfish, gafanhotos, e os seres humanos têm todos os olhos, por exemplo, mas eles são radicalmente diferentes uns dos outros, pelo menos anatomicamente. No entanto, eles também compartilham alguns dos mesmos genes para a construção de receptores de luz e outras peças. Então eles são realmente uma mistura de convergência e uma ascendência comum. Eu escrevi sobre a evolução de olhos no Banco Tangled, em uma seção extraído pela New York Academy of Science aqui.
ragwormO córtex agora vem a seguir a mesma história como o olho.Detlev Arendt do Laboratório Europeu de Biologia Molecular e seus colegas decidiram comparar os genes que constroem o córtex dos mamíferos aos genes que constroem corpos do cogumelo em invertebrados. Eles estudaram um pouco linda criatura chamada ragworm. Eles escolheram esse nome porque tem enorme, para-estudo corpos de cogumelo fácil, porque ele tem evoluído mais lentamente desde os invertebrados vertebrados divisão de moscas e outras espécies bem estudadas. Os cientistas realizaram um levantamento detalhado exquisitely,mapeamento de um número de genes foram tornando-se ativos no cérebro ragworm desenvolvimento, até a célula individual.
A figura aqui mostra uma semelhança notável. À esquerda, há um córtex do rato em desenvolvimento. Abaixo está um gráfico mostrando onde um grupo de genes são expressos. A faixa colorida no cérebro corresponde ao eixo vertical do gráfico. E à direita é um diagrama do cérebro ragworm desenvolvimento. Se você duplicar a fita no córtex do rato e unir duas pontas em um garfo, você tem uma região em que muitos dos mesmos genes são expressos em um padrão quase idêntico. E que bifurcada dum regiões da!, Torna-se eventualmente os corpos de cogumelo.
cortex diagram
Assim, nosso córtex acaba por ser muito mais velha do que se pensava anteriormente. O ancestral comum de nós e, ragworms uma criatura como um verme que viveu 600 milhões de anos, não só tinha um cérebro, mas tinha uma ur-cortex. E provavelmente usado que o córtex ur para aprender sobre seu mundo, provavelmente a aprendizagem sobre os odores que cheirou. descendentes que divergiu do animal em diferentes formas, e as ur-córtex mudou ao longo do caminho. No entanto, eles ainda usavam muitos dos mesmos genes que seu ancestral há muito tempo. Então, da próxima vez que você splat uma mosca na parede, lembre-se: houve um córtex lá.
mushroombody tree
03 de setembro de 2010 04:56 por Carl Zimmer in http://blogs.discovermagazine.com/loom/